sábado, 3 de abril de 2010

Aplaudi, Gargalhei.

O ruído das gotas nessa manhã mais que álgida era um sufoco de se ouvir. E a contragosto, não posso tomar nada gelado e nem expor-me ao frio. Pondero uma forma de me distrair e não chego a lugar algum. Já na porta da minha memória, uma lembrança pesada:

Pára na porta da entrada dos banheiros e segue com o olhar a correria, na verdade segue o percurso lúcido de alguns passos que dei em direção ao subsolo. Os carros todos esperavam seus donos lealmente e os pilares demarcavam as zonas de espaço. Enquanto, afoito, perseguia alguém que nem sabia quem de fato. Quando voltei, vi os mesmo olhos que me seguiam no passado próximo de 15 minutos antes, me seguirem já não mais da mesma forma. De longe avistei, sobre alguns bancos de quatro pernas altas de madeira, seis ou mais pessoas que rodeavam uma mesa redonda de marca de cerveja. Quando me aproximei pouco mais, dois copos que havia visto a pouco cheios, estão vazios como se estivessem novos e lacrados.

Sua fala engraçada te denunciava, mesmo contradizendo tudo. Teu andar embriagado ainda assim era doce, e percebi que sem resistir, embarafustou-se no mesmo caminho que todos, e era mais uma comum entre nós. E entre elas era a mais brilhante, pois teus olhos se tornavam em direção a luz do poste baixo que brilhava sobre a tua cabeça -primeira cena em que te vi alucinada-

Resumiu-se a noite em poucas coisas ditas sobre um banco verde, de frente para o estacionamento e ao lado de uma fonte. Ao som trivial de um violão e voz e ao gosto nada trivial do teu pescoço.

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