- Há tempos não escrevo os esgares perdidos em teu rosto, pois me pelo na ausência dessa escrita. Seus trejeitos não são mais os mesmos. Seu timbre mergulha num poço de ruídos.- Ao mesmo tempo, mesmos segredos e onipotência, as ocasiões se revolvem num grande motejo contra o presente, faz parte da cena. A luz rareia e as sombras dançam sobrepostas como se brigassem de perto. O intuito era interpretar, mas a cena foi mais que real para mim:
A blusa preta se mistura com a cor dos olhos, como grandes ameixas perdidas na fruteira (ato contínuo da cena passada). Então a sua mão que resta brinca com o que sobra de minha mão gelada e indolor. Enquanto as sombras que pareciam brigar beijam-se, com o comando e movimento de seus donos. Ato contínuo e eterno, que mesmo irreal é verdade quando aparece assim.
Para te dizer que, hoje estava formosa em relação a sua própria exuberância.
domingo, 9 de maio de 2010
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