quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Sol

A mais latejante das línguas imersa numa dose de café. Uma manhã bem escassa, sem Sol. A máquina de expresso, a garçonete, os cachorros assistindo ao trânsito.

São todos esses fatos que trazem a chuva, as gotas da chuva, saudades do lado de lá, saudade do inconsciente de cada recanto. As sombras oblongas que tardiamente ocuparão as lacunas de todos os corpos. Mas os corpos sem Sol não lacunam. Mas o Sol sem os corpos existe, sem sombras.

Nasceu fragilmente do ventre das nuvens, independente do nosso querer.

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