quinta-feira, 1 de julho de 2010

Só não precisava quebrar a cabeça

Eram dias que não me surpreendiam mais -E sempre foi assim, dentro dos milhões de anos sem mudanças na camada terrestre, até um animal decidir se adequar a um novo ambiente e surpreender com uma nova característica - até me surpreenderem novamente.

Nessa manhã, que não é fria e não é quente nem tem o canto dos pássaros, notei que observando as perspectivas temos o mesmo resultado, que multiplicando as informações falsas com as verdadeiras, falsas com falsas, verdadeiras com verdadeiras, temos o mesmo simbólico produto. A sociedade acredita no mais fácil, por exemplo: Quando se acusa alguém de assassinato é mais fácil condená-lo a morte ao ficar talvez anos lutando na justiça para descobrir que esse alguém é inocente. Quando se perde uma peça do quebra-cabeça, joga-se fora (ou larga-se no canto esquecido da prateleira pouco visitada) pois algo diz que nunca mais estará completo, sendo que as peças que você ainda tem são as suas possibilidades de completá-lo. Se os olhos estão vermelhos e a voz aveludada e fácil deixar de lado a cadência carregada da semana passada, a friagem tomada na viagem, os lacônicos momentos de histeria, e acusar com ironia de drogado.

Existe uma verdade perfeita e sempre evasiva. Essa verdade perfeita é a única que se perde por querer, pelos acusados e pelos que acusam, satirizam, desfazem, ou algo do tipo.

É como o trânsito, o horário de pico, a chuva, e o local em que se quer chegar: Desde de que se sai do ponto zero foca-se o local em que se quer chegar. O transito, horário de pico e chuva apenas diminuem a velocidade e a vontade talvez, mas o foco é o mesmo. Como quando se crê na verdade que as opiniões lhe desenham.



Um comentário:

  1. Só pra constar que continuo a me enganar com as tuas letras. Um engano violento.

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