domingo, 27 de junho de 2010

à dois, sem dois

Notei que faziam anos que não via o céu tão estrelado ao ponto de poder até me perder ao procurar constelações. Ainda com isso dormi plangente.
O Sol não me fez diferença, nem a Lua, nem a fogueira nem nada. Parecia que o orvalho escorrendo das árvores não existia, muito menos os resquícios de cinzas dos troncos queimados, as corolas das flores não emocionavam mais, a estrada tinha início e fim. Tinha que haver um entrave.

O entrave era sentar sozinho no balanço, arrumar a cama sem me preocupar com ninguém, dar as mãos ao braço do violão, beijar o frio palpitante e enluarado, ouvir a sua voz velada pelo vento vindo de longe ou da imaginação.
Tarefas que são feitas à dois.

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