Enquanto você dorme eu me disponho a pervagar pelas estrelas dos seus sonhos. Eu me disponho a moldurar em ti a paisagem em que sonha, para vive-la ainda nos instantes em que te perco. Enquanto você dorme carrego a cruz de te ver morta, mesmo que essa morte seja uma ciência simples e conhecida.
Seu sono é a mitologia que suporta minha fraqueza humana, é poético e luxuoso como qualquer poente.
Seu sono é um requerimento de imortalidade, enquanto eu me disponho a esperar que finde o sonho até que seus olhos se abram e eu te chame enfim, de amor.
Dispoente de cada verso, um onírico que nunca vai intermediar-se pelo papel - tu consegues com uma fluidez ímpar pra não dizer impossível.
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