segunda-feira, 25 de outubro de 2010

À minha menina


"As meninas são minhas
Só minhas
As minhas meninas
Do meu coração"

Cecília pode ser qualquer mulher. Pode ser Luíza, Beatriz, Clarisse ou Maria, qualquer nome que me agrade. Cecília pode ser amante ou namorada, pode ser ébria ou realista, pode ser doente ou saudável. Cecília é Cecília. Ela me liberta o corpo aos gemidos do vento e sinto-lhe a voz murmurar "Você, Você!" Como quem quer atenção.

Cecília é linda e tem o nome de minha filha. Cecília é minha, minha filha ainda não nascida. Tem cheiro de flor e a cara de minha mulher, o corpinho miúdo, um laço charmoso e enternecedor que lhe prende os poucos fios de cabelo. Cecília lembra minha mãe que me remete a infância que me faz lembrar da ovelha colorida que tirei tantas fotos um dia.
Foi bem recebida por mim -por ninguém mais conhecê-la, ainda- Pode também ter outro nome, algum que indique o significado da minha tatuagem no pulso esquerdo que pulsa como um segundo coração.

Cecília abrange um universo de características, uma poesia nos olhos, umas garafunhas nos dedos,
a mãe no sorriso.
Cecília sou eu.

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