quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Biblioteca


Quando o lenço tocou a água, foi com impacto de bomba, as lágrimas do filho vazavam invisíveis pelos verdes imutáveis do mar e sua mulher esquecera no canto dos olhos vermelhos um tanto de umidade, quase uma gota formada. O navio se ia e junto do navio ia um pedaço dele, a parte que lhe fazia amar, amando mais que a guerra ama um ideal.
Amar mais que a guerra é amar demais.

Suportou calado.


Mas calado, o coração fremia além dos pulsos e lembrar doía como pedra indevida.
Era como ver pela primeira vez a queda injusta do King Kong.

A dor do filho, da mãe, do general...

Um comentário:

  1. a queda do king kong é injusta, e o corcunda de notredame tb fica sem a mulher no final, pior do que isso, ele aceita a impossibilidade de ser amado

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