segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Medula


Nenhuma palavra de consolo. Quando em vez de amor bebi café.
Em vez das flores, colhi o joio das palavras
E não pude me conter.
Não dormi, não senti, não me amei pois lastimei ter vindo a vida
Se não pude nela ter, não tendo nada.

Nenhum sol em dias tão quentes, pois meu Sol se apagou.
Desmembrou-se e não subiu adiante aos montes
Não clareou o seu dia de tantas luas de espera
E não sei o porque, mas fez-se noite e temo a escuridão eterna.

A moral despencou no pélago, variei as rotas
Desenvolvi doenças, servi de vácuo.
Meus poemas se foram


Desaguaram numa incógnita visceral.


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