Te encontrei num sonho novamente
Que eras a água do mar e a dor.
Quando a dor era tua boca, 
o enleio de todo o enredo.
A água engolindo a praia
E os amores perdidos na areia,
Engolida crua por sua parte
Menos sacra que Afrodite. 
Daí vieram os anos,
Consumindo minha carne ainda viva
Perdida em seu amor mascate.
E quem sou se não o temeroso canto 
Dos lobos cinzas, que dormem sem preocupação,
Famintos, sedentos, afogados em sangue.
Além de mim que velo sua falta, nunca tão presente. 
 
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